Por trás de cada relógio existe um mecanismo que faz ele funcionar com precisão. Esse mecanismo é chamado de movimento ou calibre do relógio.

Mas você sabia que existem diferentes tipos de movimentos e cada um necessita de um cuidado especial para que o relógio continue funcionando corretamente?

Possuir um relógio de luxo vai muito mais além do que escolher um modelo ou marca de sua preferência, por isso, entender sobre os tipos de movimentos e suas características poderá te ajudar a definir qual calibre é a melhor opção para a sua necessidade.

Tipos de movimento de relógio

Sabendo que cada relógio dispões de um mecanismo diferente que impulsiona os ponteiros a marcar com precisão a hora, os minutos e os segundos exatos do tempo, apresentamos os principais tipos de movimentos, suas vantagens e/ou desvantagens de cada um.

Movimento mecânico

O mecanismo mais antigo e conhecido pelos amantes da relojoaria fina. Para funcionar, um relógio com movimento mecânico necessita que o usuário dê corda de forma manual (girando a coroa) para que ele funcione adequadamente.

Isso faz com que a mola principal se enrole para armazenar energia, que é liberada aos poucos por meio de um dispositivo conhecido como escapamento, responsável por controlar a velocidade do movimento. O escapamento envia impulsos ao balanço, que oscila de um lado para o outro, provocando o avanço do ponteiro dos segundos.

Por não possuir baterias e não depender de fontes externas para funcionar, esse tipo de mecanismo tem uma vantagem se bem cuidado: durabilidade.

Por outro lado, é necessário dar corda frequentemente para não perder o bom desempenho, além de ser sensível a choques, temperaturas elevadas e campos magnéticos, podendo atrasar ou adiantar alguns segundos por dia.

Movimento automático

Um relógio com movimento automático significa que ele consegue se auto carregar com o movimento do pulso do usuário.

Isso ocorre porque a mola principal é movida por meio de um rotor embutido que gira em torno de um eixo. O rotor recebe o movimento do pulso transferindo essa energia para a mola principal, que é responsável por manter o relógio funcionando.

Apesar de não precisarem de trocas de bateria, esses relógios com movimento automático são práticos e duradouros se bem cuidados.

Por outro lado, se o relógio não for movimentado regularmente, a mola perde energia fazendo com que ele pare de funcionar.

Geralmente, alguns relógios com movimento automático conseguem armazenar uma carga interna por até 50 horas, ou seja, não necessita ficar em constante movimento.

Movimento de quartzo

O movimento de quartzo é o mecanismo mais comum e moderno, por sua precisão, simplicidade e baixo custo.

O funcionamento desse modelo de relógio é impulsionado por uma bateria, já que o mecanismo de quartzo requer essa fonte de energia para operar. É por meio dela que os ponteiros se deslocam, indicando as horas e os minutos.

Para que o relógio funcione corretamente, é fundamental possuir uma bateria capaz de alimentar o circuito integrado do relógio. Esse circuito emite sinais elétricos para o cristal de quartzo.

A maioria dos relógios de pulso modernos de quartzo oscila em uma frequência constante de 32.768 Hz. Tal frequência é então reduzida por um contador até alcançar 1 Hz, correspondente a um impulso por segundo. Esse sinal é então transmitido ao mecanismo que controla os ponteiros do relógio.

Por depender de uma bateria, é necessário realizar a troca dela a cada 2 ou 3 anos para manter o bom funcionamento do relógio. Além disso, um relógio com movimento quartzo carece do charme estético e emocional dos movimentos mecânicos.

Qual movimento de relógio escolher?

Agora que você já conhece os principais tipos de movimentos de um relógio, a escolha pelo seu relógio de luxo fica mais assertiva.

Como cada movimento possui suas características, existe também suas vantagens e desvantagens.

O ideal é analisar cada mecanismo e optar por aquele que se adapta a sua necessidade, levando sempre em consideração precisão e durabilidade.